quarta-feira, 19 de agosto de 2015

E as pessoas?


As pessoas perderam a solução essencial de ser...
Petrificaram-se ao luxo dos teres.
A individualidade encabeça uma lista de autoproteção exacerbada na corrida pela sobrevida.
Estes, equecidiços, amnesiaram-se conforme superabundou o mal nas relações de potências e de poderes, elas, as pessoas, não mais param e pensam, esqueceram que a existência precede a essência.
Todo valor é pouco diante da hipervalorização dos preconceitos.
Quem aprendeu a julgar o outro esqueceu-se de si, de olhar para dentro de si. 
Este se perdeu no seu mundo do Mundo, este indivíduo deseja que todos sejam como ele.
O arrefecimento sentimental humano tem ganhado volume e força na medida que as pessoas optam pela competitividade.
Não há do que se gloriar, na medida que na disputa entre forças, a chance de um milhão perder é imensa, e o que se perde ou o que se ganha com isso?
Se ganha perdendo-se , isso ocorre com o indivíduo individualista egocêntrico, e perde-se ganhando quando o ganho é de viés coletivizado .
Quem assume a posição de líder tem que levar consigo a responsabilidade de muitos que o acompanham a um lugar seguro.
A mentalidade e condição de rebanho é um erro comportamental em massa...
Nada mudará se não for a partir de seu ponto de vista.
Muda-se o olhar, muda-se também o ambiente, a aparência de tudo.
O desejo ficará guardado nos campo das ideias, porém a vontade precisará da ação do agente-homem-indivíduo-ente-pessoa para fazer acontecer...
M S

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Quem, Nietzsche?


A frustração de Nietzsche não foi com a música, pois, para ele a vida sem a música seria não tão somente uma "tragédia grega ", mas um tédio visceral para toda a vida. A sua decepção foi com Richard Wagner.
A frustração de Nietzsche não foi contra a mo
ral filosófica, mas com a moral filosófica alemã de sua época. A sua própria irmã depois de sua morte o havia acusado de fascista, tendo portanto manipulado muitos de seus pensamentos escritos ("Humano, Demasiado Humano").
A frustração de Nietzsche não foi contra o Deus desconhecido, nem quando ele grafou "Deus está morto", mas com as religiões fabricadoras dos deuses humanos.
Na construção do livro "O Anticristo" - no original alemão se lê: Contra o cristianismo. E não contra Cristo. O que fizeram de suas escritas é o que chamamos de balburdia dos "filisteus" (neologismo de Nietzsche).
A frustração de Nietzsche não foi com as mulheres, mas com Lou Salomé, poetisa e escritora intelectual russa (segundo a história ela teve vários amantes), por quem ele havia verdadeiramente se apaixonado, embora, ela jamais o tenha correspondido, senão por apenas interesse intelectual pelo filosofo.
A frustração de Nietzsche não o evitou de si mesmo, mas o fez escrever "Ecce Homo" (Eis o Homem) - é aqui que ele descreve quem ele é: "Nada", ou, em última análise, vontade de potência.
A frustração de Nietzsche não foi com as dores (físicas e da alma), mas com aquele homem religioso, exceto o de "espírito livre", a encara.
A frustração de Nietzsche não foi com o existencialismo humano, mas com a ignorância do homem "rebanho" conseguir sobreviver para além do bem e do mal diante de um "livre arbítrio" - embora para o homem sem a liberdade de escolha.
A frustração de Nietzsche não foi com a psicologia pródiga da antiga Alemanha que despontava para a sua derrocada, mas com toda uma Europa assolapada na arrogância materialista e capitalista pós guerra...
A grande frustração de Nietzsche, tenho por certo, foi a sua vinda antes do tempo, antes que o tempo o aguardasse como "profeta" das grandes verdades...
Mas a verdade é que este filosofo psicólogo deixou a sua marca na História, no pensamento filosófico moderno. Ele criticou também uma meta física fadada ao budismo (A.Schopenhauer)
Estudar filosofia e não "sondar" a mente de F. Nietzsche seria o mesmo que "retro-ceder" as primeiras obras mortas, das quais o "eu" Zaratustra jamais poderia proferir palavras proféticas como foram vaticinadas por Nietzsche, isto é, a 100 anos a sua frente.

M S

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Captando


Se um dia o homem desvendar qual energia emana de um buraco (energia negra), ele também decifrará a sua própria história.
Porque é mais fácil gravitar no espaço sideral em busca de respostas astrofísicas (para a sua razão bio-criação á ante matéria) do que desvendar o seu próprio universo psico-esburacamento sensitivo interior...
Decerto que, se buscam mais repostas fora deste nosso-Eu-epicentro do que estando nele a responder o que nos perguntam sobre os nossos mundos( de-eu-me-encontrar).
Daí quando a minha "auto-gravidade" não me faz ver - eu em mim - a força que age sobre mim sem desassociar-me de meu eu-espírito, ao contrário, tudo iria para cima, para cima não de mim, mas para além de minha consciência psico-espiritual.
Na mesma toada cósmica o "eu" me encontra quando neste caminho percorrido pela minha EU-luz se projeta sobre a minha alma-sombra, pessoa, homem, ser que sou...
Perder-se de si mesmo é o mesmo que perder-se de tudo que seja você mesmo (eu mesmo), ou seja, para o homem, o seu maior bem, é a sua personalidade.
Há um caminho a ser percorrido?
Sim, lógico há, e ele existe para ser re-FEITO (é para ler dessa forma mesmo) pelo (nosso) verdadeiro 'EU"..., e livre te todos os fetiches provocados pelo "eu" falso agindo em nós!
E qual caminho será este caminho?
Somente Ele, o Absoluto, poderá (nós) dizer.
Pois, vários caminhos eu em mim ou mesmo fora de mim o meu "eu" já os percorreram...
E os seus nomes?
Atalhos.
Filosoficamente, o homem não sabe de onde veio e nem para onde vai.
Portanto, bem-aventurado (felicíssimo) é aquele que em si e de seu original "EU", se Re-descobre!
Simples, mas tão simples assim sem ser simplório, porém, é necessário RESGATAR no próprio ser, o ser a imagem e a semelhante semelhança de d"EU"s!
Bjos.
M S

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Pecados e pecadores...


Não, o meu pecado não é nada menor que o pecado do Outro...
A cultura muitas vezes salva o homem de sua ignorância social dando-lhe uma melhor qualidade de vida.
Já a cultura religiosa tem um poder estúpido de "burrificar" o ser humano, cretinizando-o.
Muitas vezes o tem transformado em um ser irracional, intolerante e sem amor- um indivíduo pior- para com o seu semelhante.
A cultura gospel Ocidental cristã tem uma marca devastadora sobre essa geração.
No passado, homens simples e iletrados seguiram a Jesus com uma fé prática simples e com pura sinceridade de espírito.
A vossa felicidade era o viver para Cristo, posto que o mundo para eles tinha terminado ali.
E por isso deu no que deu, vieram as perseguições, as execuções e os martírios dos apóstolos de Jesus.
A felicidade existencial na vida deles, contagiava o Mundo!
Eles eram de fato a "carta" escrita de Deus diante de um tenebroso cenário mundano e pagão.
Hoje o legalismo superou as antigas religiões do passado, agora pouco eu assisti em um telejornal, uma matéria em que um judeu ortodoxo (reincidente) tinha sido contido e preso por policiais porque havia esfaqueado 13 pessoas por serem gays, e duas delas estão internadas em estado grave...
Ninguém vê na TV nenhum grupo de minoria social perseguindo alguma denominação religiosa ou coisa parecida por querer se autoafirmarem.
Foliando a Bíblia, mais propriamente nos livros de Levítico, Números e Deuteronômio encontramos um "pacto" descrito entre Deus e os hebreus (judeus), ordenanças cerimoniais , princípios morais, e o como viver socialmente debaixo de uma cultura milenar há muito obsoleta.
Acredito que se for para cumprir a lei não poderemos fazer restrições, coisas como, se for para apedrejar um ser humano socialmente por ele ir de contra ao meu principio moral ou da minha religião em voga, eu deverei acima de tudo ser também um cumpridor de toda a lei...inclusive não desejar domesticar a Deus através de meus caprichos.
A galera religiosa legalista gospel de hoje não foge a regra. A rigor, eles coam um mosquito e engolem todos os dias um camelo.
Eu sei que o Deus "irado e iracundo" do At é o mesmo Deus escrachadamente revelado em Cristo Jesus, um Deus cheio de graça, amor e misericórdia para com o pecador.
É preciso crer no Evangelho de verdade, do contrário continuaremos a andar em círculos como aquele povo cego, idolatra, rebelde e raivoso do Sinai.
Ninguém cumpriu a Lei!
Deus se reconciliou com toda a criação em Cristo.
O mesmo Deus que permitiu matar todos os gays cananeus e crianças de ontem é o mesmo Deus que em Jesus perdoouconsumou tudo!
Ele deseja misericórdia e não sacrifício!
Todos pecaram, e sem o perdão estarão distantes de Deus.
O sacrifício já fora pago na cruz.
O que nos falta é amor.
Evangelho sem amor gera legalidade, suicídio e terrorismo.
Amigos, Deus não anda babando de ódio na expectativa de matar uma pessoa homossexual e enviá-lo para o inferno.
Acordem mundo gospel!
Os pensamentos de Deus são de paz e de amor a nosso respeito!
Se estivéssemos ainda debaixo do tacão da Lei, tudo bem, o apedrejamento para a prostituta, para o homossexual e para a vidente seriam legais...
No amor de Deus não cabe mais a pena de morte - sobretudo o nosso odioso julgamento contra os pecados dos outros.
Somente quem creu e espiritualmente discerniu o evangelho da graça de Deus poderá "suportar" isso, pois a sua raiz está arraigada somente no Seu amor.
O primeiro passo é perdoar. E logo em seguida ser perdoado.
Dito isso, a lei que prevalecerá sobre todos é o amor, e contra essa lei-do-amor não haverá condenação qualquer.
Há de se notar o medo que nos acarreta de nos divorciarmos desta "amante" que tem nos feito tanto mal, denominada de igreja.
Gente maluca e histérica que se um dia estiverem a mercê de uma verdadeira perseguição social e religiosa, morreriam só de saber que todas as catedrais da cristandade seriam implodidas.
Coisa difícil de sair de dentro de muitos, a dependência religiosa, ritualística e doutrinária da instituição exercem mais poder, controle e medo que a ideia de um dia esse mundão fosse acabar.

M S

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

"E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo."


Por nós mesmos nunca saberíamos o caminho para Deus.
Por nós mesmos estaríamos vivendo com a mente carnal.
Por nós mesmos não conseguiríamos agradar a Deus.
Por nós mesmos o pecado não poderia ser vencido.
Por nós mesmos seriam impossível perdoar os imperdoáveis.
Por nós mesmos a morte teria reinado para sempre.
Por nós mesmos a glória de Deus nos seria evitada.
Por nós mesmos nem o amor de Deus compreenderíamos.
Por nós mesmos o inferno seria aqui na Terra dos viventes.
Por nós mesmos por muito pouco, o Mundo já deveria ter acabado.
Por nós mesmos Deus seria um diabo bonzinho e fundamentalista.
Por nós mesmos a salvação seria coisa seletiva como a religião prega.
Por nós mesmos o céu seria povoado por gente que falasse a mesma língua, politicamente correta e moralmente cínica.
Por nós mesmos a Igreja seria uma igreja - embora tenha massa-mente sido assim - mas Deus separará a Igreja das igrejas (de igual modo como se separam o trigo do joio).
Por nós mesmos todas as nossas santas safadezas seriam encobertas dos olhos dos que pecam ao público. Aquelas pessoinhas que intitulamos de ímpios por não fazerem parte da nossa seara.
Por nós mesmos somente os escolhidos e ungidos seriam abençoados ao tocar-se nas pontas das gravatas dos sacerdotes pós-modernos.
Por nós mesmos jamais teríamos a mente de Cristo.
Por nós mesmos jamais teríamos o Espírito de Cristo.
Por nós mesmos jamais conheceríamos a Cristo.
Por nós mesmos jamais pertenceríamos a Cristo.
Por nós mesmos a vida eterna nos seria inútil.

M S   04-08