quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Renunciar-se? Para muitos isso soaria como um absurdo!


Sim, Nietzsche disse o que disse com toda certeza e verdade reveladora que ele poderia conferir aos seus pares e semelhantes.
E uma dessas verdades foi que os homens assassinaram a Deus.
Dos 23 anos pra cá (45), tenho matado todos os deuses dentro de mim...
Seja ele fabricado pela designação da religião, seja ele oriundo do inconsciente coletivo humano.
Ser ou não-ser muitas vezes tenha sido o questão para mim.
Mas deixou de ser por eu entender que...
No caminho para eternidade, muitas vezes as pedras são as mestras no nosso ensino existencial.
Poucos são aqueles que sabiamente as ajuntam e delas constroem do seu alicerce ao cume da sua torre existencial laboriosa...
E aqui eu entro naquela questão individual do se "negar a si mesmo".
Pela qual muitos mal discernem o que seja tal proposta do Evangelho.
Jesus não está exigindo que ninguém negue a si ao ponto de anular-se, e passe a viver uma persona, uma identidade que não seja a sua personalidade única e real.
O Ser só poderá ser, sendo.
Não se deve perder-se de si e nem tampouco deixar-se de ser.
Não, pelo contrário de tal idiossincrasia, quem sabe o preço de pertencer a si mesmo jamais abrirá mão de si mesmo, para loucamente tentar viver o que pareça ser, tentando trilhar no caminho de uma eternidade do "eu" do qual nunca se chegará!
A vida cristã consiste em renuncias próprias. Correto.
O convite confere aos corajosos na existência de mortes, ou seja, somos desafiados pelo Mestre a renunciamos o egoísmo, o desamor, o preconceito, as indiferenças, rejeitar a nossa rejeição em relação aquelas pessoas que são diferentes de nós .
Simples assim quanto mui eficaz para quem abraça tal empreitada (o Evangelho) na existência.
M S

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O sol voltará amanhã



Mas é claro que o sol vai voltar amanhã...

Ainda hoje pela manhã me vi flagrado fazendo coisas que meu velho fazia, inté nos trejeitos.
Meu papai tudo bem, me vi como uma meia-cópia dele; a genética e os laços de família explicam, e nós podemos compreende.
Mas quanto a outros, eu digo, quantas vezes você (eu também) já não flagrou-se desejando ser outra pessoa menos a você em seu próprio lombo? 
Desejou ser um amigo; desejou ser seu inimigo (ainda que você o odeie); desejou ser o seu professor; ser o seu mentor; ser o Trump (risos); ser o Brad Pit....
Há saúde na admiração sensata e limitada sobre tais virtudes do próximo.
Sim, não há nada de errado nisso!
Porém, as compilações, os plágios existenciais, é impossível a alma "durar" saudavelmente.
Ora, e necessariamente eu não preciso traçar aquele mesmo caminho que foi o de meu pai, avô e bisavô!
Quem escolhe o seu caminho é você mesmo (a) e não os plágios da persona....
Você encontrar-se-á com seu "eu" real e tão verdadeiro.
Você ao passo que se ASSUMA como você é e a mais ninguém, obterá uma enorme chance de resgatar-se consigo mesmo.
Fuja do desejo indesejado, porém, latente de representar a vida e viver a vida representando sobre um palco, e diante de um público que não sejam os seus.
Fuja da tentação de ter-que-ser feliz a todo preço, posto que isso é muitas vezes nos imposto como um inferno para alma!
Desça do pedestal e se abraçará com você mesmo(a) no chão da realidade com amor ao próximo, mas antes de tudo, ame-se!
M S